O mais recente caso aconteceu com Yasmin Brunet, modelo e noiva do atleta olímpico e campeão mundial de Surf, Gabriel Medina. Brunet conta que sofreu um prejuízo de R$ 7,9 mil após pedir que um restaurante fizesse uma entrega de comida no Rio de Janeiro. O golpe consistiu em forjar uma situação em que o entregador não conseguiria realizar o pedido, então uma funcionária do estabelecimento comunicou a Yasmin que o motoboy poderia realizar uma “nova entrega” para compensar o erro. Ao chegar no local, o criminoso não chegou a tirar o capacete e pediu para que a modelo digitasse a senha do cartão na maquininha. No momento, Yasmin disse ter estranhado a situação, pois o homem parecia nervoso. Então, o bipe da máquina tocou e novamente ele solicitou que a senha fosse inserida, mas ao refutar o motoboy, o mesmo se retirou. Quando Brunet entrou em contato com o cartão já era tarde e o golpe do delivery já havia sido aplicado. Além de Yasmin, dezenas de pessoas estão sendo acometidas pelo golpe do delivery, denunciado atividades suspeitas em redes sociais. A atividade não parece ter algum tipo de padrão de vítima específico, podendo acontecer com qualquer um que realize compras em apps.

Como funciona o golpe do delivery

O golpe do delivery aplicado em Yasmin Brunet é o modo mais “clássico” de realizar o crime, com o cancelamento de uma entrega seguida da ligação do suposto estabelecimento, que pode ou não informar a cobrança de uma taxa extra para a entrega. Em outras situações a vítima pode ser comunicada que o motoboy sofreu um acidente e outra pessoa completará a entrega, de acordo com o Procon. O órgão ainda aponta alguns números sobre o golpe, separando as ocorrências por aplicativos. Em São Paulo, o iFood teve 44 casos em 2020 e 80 em 2021; no Rappi os números passaram de 29 em 2020 para 105 em 2021, sendo o app mais afetado. Já o Uber Eats teve um aumento de 14 para 64 golpes em 2021. A entidade revela que o prejuízo total soma cerca de R$ 500 mil. A facilidade dos estelionatários em aplicar o crime se dá por conta na fragilidade de leis e a falta de uma política de regulamentação, visto que os trabalhadores que atuam como prestadores de serviço para esses aplicativos atuam de maneira informal.

Alguém tem que pagar

Por conta dessa dificuldade, a principal dúvida que surge quando o golpe do iFood, por exemplo, é aplicado é sobre quem irá pagar essa conta: a vítima ou o aplicativo? Por conta da não regulamentação de leis para esses apps há uma grande dificuldade para que as empresas arquem com os valores roubados. A principal defesa dos aplicativos é que não se responsabilizam integralmente devido aos trabalhadores que prestam serviços serem autônomos, não tendo vínculos com as empresas. O conselho do Rappi, por exemplo, é que ao perceber o golpe a vítima entre em contato com o banco ou o cartão para realizar o cancelamento da compra. O Procon ainda sugere que em caso de golpe do delivery, a vítima entre em contato com órgão, que irá apurar o caso de forma conjunta com a polícia e o aplicativo. Fernando Capez, diretor-executivo do Procon ainda completa a informação de que “as empresas de delivery devem responder pelos problemas e ressarcir o consumidor”.

É melhor prevenir do que remediar

Por fim, o Procon-SP dá uma série de dicas para se proteger do infame golpe do delivery:

Não utilizar máquina com o visor quebrado ou que não permita a leitura dos dados;

Conferir o valor da compra e, de preferência, pagar somente através do aplicativo;

Não passar os seus dados por telefone;

Desconfiar caso o entregador informe que é necessário pagar algum valor extra;

Caso tenha alguma dúvida, deve entrar em contato com o local onde pediu a comida.

Também é sempre indicado realizar compras apenas em estabelecimentos conhecidos e bem avaliados pelos aplicativos e sempre desconfiar de quaisquer tipos de movimentações suspeitas no ato da entrega. Aplicativos como o Uber Eats, por exemplo, só aceitam pagamentos online pelo software e nunca de forma presencial em máquinas de cartão. E aí, o que acha do golpe do delivery? Não esqueça de compartilhar essa informação para que mais pessoas saibam como se proteger, e não deixe de ver como criminosos estão aplicando golpes através do Pix. Fontes: Procon-SP, CNN e Metrópoles

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