Essa missão espacial está prevista para ocorrer em 2024, fruto de uma colaboração entre a Japan Broadcasting Corporation (NHK) e a JAXA. Das duas câmeras que a missão levará, uma será capaz de capturar imagens em 4K e a outra, chamada de “Super Hi-Vision Camera”, será capaz de capturar imagens de Marte em 8K. De acordo com a JAXA, a MMX será a primeira sonda a captar imagens em ultra-definição estando próxima dos objetos espaciais (porém, em julho deste ano os Emirados Árabes lançaram sua primeira missão espacial rumo a Marte).
Missão japonesa vai mostrar imagens de Marte em 8K
As imagens capturadas pelas câmeras da missão MMX serão transmitidas para o nosso planeta. Elas serão enviadas aos pedaços, para que sejam montadas aqui na Terra após serem recebidas. A iniciativa dessa parceria entre NHK e JAXA pretende recriar, na Terra, as experiências vivenciadas pela missão japonesa no espaço. Junto à agência espacial japonesa, a emissora vai combinar as fotos das câmeras com os dados do vôo da MMX para transmitir, de forma ampla, um retrato dos desafios enfrentados pela sonda espacial na região marciana. Os dados das imagens de Marte em 8K e 4K serão armazenados num dispositivo de gravação na espaçonave da missão japonesa, que deve retornar à Terra em julho de 2029. Além das imagens do planeta vermelho e seus satélites naturais, a missão MMX da JAXA vai recolher cerca de dez gramas de regolito (material que fica solto na superfície) do solo de uma das luas, Fobos. A missão japonesa também deve sobrevoar Deimos, coletar dados sobre o clima de Marte e projetar um mapa detalhado da superfície do planeta e dos seus satélites naturais.
Expectativa e importância da missão japonesa
A expectativa dos cientistas é que por meio dessa missão japonesa seja possível aprofundar o conhecimento sobre a evolução de Marte e a formação das suas luas. Atualmente, não se sabe se os satélites naturais do planeta vermelho foram atraídos para sua órbita por meio do seu campo gravitacional ou se as luas se originaram do choque entre um corpo maior com a superfície do planeta. A missão MMX também deve desempenhar um papel crucial na jornada de uma possível colonização de Marte. É que os satélites naturais do planeta vermelho são considerados locais possíveis para alocação de bases humanas. Os dados que serão coletados pela missão japonesa também devem ser úteis para estudos relacionados a como era a atmosfera de Marte no passado. Isso é importante porque pode ajudar os pesquisadores a confirmarem a existência de oceanos no planeta vermelho.
Luas de Marte
Os satélites naturais de Marte representam um caso à parte no nosso sistema solar. Além de serem bem pequenas, elas possuem órbitas consideradas incomuns. Para você ter uma ideia, a órbita de Fobos percorre o céu de Marte a menos de seis mil quilômetros. Já aqui na Terra, a Lua fica a 384,4 mil quilômetros das nossas cabeças. Deimos é a menor entre as duas luas de Marte. O satélite natural possui um raio médio de 6,2km e completa uma volta em torno do planeta vermelho a cada 30 horas. Sua superfície não possui sulcos nem cristas e suas crateras têm menos de 2,5km de diâmetro. Já Fobos é maior, com um raio médio de 11km. O satélite natural orbita Marte três vezes a cada 24 horas terrestres e está cada vez mais perto do planeta. A cada século, Fobos fica 1,8 metros mais perto de Marte. Por isso, os cálculos apontam que o satélite natural deve se chocar com o planeta vermelho em 50 milhões de anos. Outra possibilidade é que essa lua se divida num anel. Sua superfície, ao contrário de Deimos, possui sulcos e cristas. E você, o que achou dessa ideia de capturar imagens de Marte em 8K? Conte para nós aqui nos comentários! Fontes: Engadget e Phys