Introduzindo o Cavaleiro da Lua

Eu estava curioso para a série, mas admito que com um pé atrás também, visto que as últimas produções do estúdio não têm me agradado muito pelo seguinte motivo: nada se encerra, tudo precisa estar plenamente conectado com um evento que talvez aconteça em alguns anos. Felizmente para mim, Cavaleiro da Lua de fato segue uma linha totalmente diferente disso. Tudo o que vi nesses dois episódios parece ser bem centrado em oferecer apenas a história do personagem e não fica fazendo pontes ou referências ao MCU. Dito isso, a primeira cena da série já conseguiu chamar muito minha atenção pelo choque que ela causa. Não é nada gráfico ou sanguinolento, mas envolve uma ação de um personagem que faz com que sempre que você olhe para ele, você lembre dessa ação e fique pensando naquilo. Eu adorei isso. A história poderia ser o arroz com feijão das histórias de origem, mas o personagem não deixa isso acontecer e a princípio, você só pensa que Steven Grant (Oscar Isaac) é um cara muito problemático psicologicamente. No entanto, quando as coisas começam a ser explicadas e você entende o que de fato está acontecendo, tudo ganha muito mais camadas e também o nosso interesse.

Tem tiro, porrada e bomba?

Esse tópico é algo que eu gostei em alguns momentos e em outros me incomodou. A direção da série é bem inteligente na hora de trabalhar cenas com o psicológico do personagem, então por mais que eu adore cenas com coreografias incríveis de luta, cenas de corredor e muito mais, gostei da decisão das cenas iniciais. Cavaleiro da Lua optou por “cortar” certas cenas onde Steven Grant teria se transformado no anti-herói. Um exemplo acontece bem no comecinho quando o protagonista fica encurralado numa situação e coloca o traje. Ao invés de mostrar toda a cena, vemos o personagem tendo meio que uma possessão e no outro corte já vemos a pós cena, com seus inimigos todos derrotados, etc. Em texto, isso pode parecer bem estúpido e sem graça, mas em tela, é uma ideia legal e, bom, não aconteceu sempre, foi algo bem pontual e serviu ao seu propósito. Mas não se engane, temos cenas de tiro, porrada e bomba também. No caso de Cavaleiro da Lua, temos magia envolvida também. Particularmente, do que vi até o momento, não gostei muito das cenas onde o Cavaleiro da Lua de fato aparece. Gosto do traje e estava aguardando esse momento desde o início do primeiro episódio, porém o CGI é um pouquinho incômodo. Talvez se com cenas melhor dirigidas nos próximos episódios, esse problema vá embora, mas até o momento, as cenas com o “traje” foram a parte mais fraca da série.

Conclusão

Em resumo, Cavaleiro da Lua me pareceu muito interessante nesses dois primeiros episódios. Além de seguir um caminho diferente do que vem acontecendo no MCU, o seu tom também é diferente. Embora não tenha violência gráfica ou um tom tão pesado como em Demolidor, a série usa técnicas muito boas do terror e Oscar Isaac está fantástico no papel do protagonista. Nós fomos gentilmente convidados pela Disney para assistir aos dois primeiros episódios na quarta-feira, 23 de março, e a série chega exclusivamente no Disney+ amanhã, 30 de março. Veja mais: Aproveitando o assunto Marvel, você sabia que os filmes do estúdio já somam US$ 131 bilhões em bilheteria?

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