O cadastro é feito através da criação de “chaves” junto ao banco, aleatórias ou baseadas no CPF, CNPJ, e-mail ou número de telefone do titular. E basta essa informação para receber pagamentos, facilitando a vida de quem faz ou recebe transações bancárias, mas também gerando novas formas de golpes no processo. Este sistema de transações financeiras brasileiro funciona de forma bem simples e prática: basta você possuir a chave de quem você quer fazer a operação, inserir o valor e pronto! Tudo isso é possível através do aplicativo do seu banco, ele oferece a alternativa de inserir a chave do destinatário ou o QR Code correspondente, dessa maneira, de forma quase instantânea, a transferência será realizada. Ao final da matéria há um link redirecionando para um manual sobre como se cadastrar e utilizar o Pix. A seguir você confere os golpes que são usados com mais frequência e como se proteger deles. Lembrando que toda e qualquer medida preventiva é bem-vinda para evitar que você ou pessoas ao seu redor sejam vítimas.
A clonagem do WhatsApp
Infelizmente, ter o WhatsApp clonado não é muita novidade, muita gente já caiu ou ouviu falar em pessoas que foram vítimas deste golpe, e com a vinda do sistema, estes ataques se intensificaram. Apesar das muitas abordagens, a mais comum é quando o criminoso se apresenta como representante de alguma empresa e solicita à vítima um código de segurança, que é geralmente enviado via SMS (mensagem de texto), afirmando ser necessário para algum processo interno, como atualização de dados, por exemplo. Este código, na verdade, se trata de uma autorização para que acessem seu perfil do WhatsApp. Ele é utilizado quando você perde, bloqueia seu número ou acaba trocando de aparelho, assim você acessa novamente sua conta, mas se acabar informando este código, o criminoso poderá ter acesso aos seus contatos e, assim, pode acabar pedindo a eles que transfiram alguma quantia. Outra maneira similar em que criminosos abordam suas vítimas via WhatsApp, é afirmando serem do Ministério da Saúde, realizando uma pesquisa sobre a COVID-19. Neste momento, eles fazem diversas perguntas, como se você está sentindo algum sintoma relacionado à doença, e ao final solicitam este mesmo código de acesso, como se fizesse parte de alguma confirmação, com a intenção de clonar o WhatsApp e aplicar golpes, entre outros. Como se proteger: recuperar o que foi transferido não é fácil, uma vez que realizada, a operação é concluída e o dinheiro vai para seu destinatário. Uma maneira de evitar este golpe, é ativando a verificação em duas etapas, confira como.
O falso perfil do WhatsApp
Baseado na clonagem que mencionamos anteriormente, neste caso, o criminoso, que possui acesso ao seu WhatsApp, utiliza as fotos retiradas dele ou de outras redes sociais para pedir transferências aos seus contatos a partir de números desconhecidos. Ele mandará mensagens, afirmando que você perdeu seu número, está com um novo, e precisa de uma quantia de emergência, tentando assim aplicar mais um dos golpes.
Fica o alerta para terem cuidado ao expor seus dados pessoais, como número de contato ou e-mail, nas redes sociais. Fiquem atentos também aos casos em que entram em contato com você através de números desconhecidos solicitando transferências de dinheiro urgente.
Como se proteger: caso aconteça, confirme se é realmente a pessoa pela qual está falando, seja via telefonema, videoconferência ou algo que confirmará de fato sua identidade. Lembrando de ligar sempre da forma convencional, pois se ligar para o número via WhatsApp, os criminosos podem se passar pelo seu conhecido. Caso tenha tido o WhatsApp clonado, saiba o que fazer.
O suposto funcionário do WhatsApp
Conforme informamos no primeiro tópico, evitar que clonem seu WhatsApp através da verificação em duas etapas pode ser útil, mas, ainda assim, os criminosos encontram uma maneira de burlar essa proteção e conseguir concluir o golpe. Assim que tentarem invadir e o código for gerado, eles entram em contato com a vítima, se passando por funcionários que trabalham no Suporte do WhatsApp, e afirmam que foi identificada uma atividade suspeita no seu número e que foi encaminhado um e-mail para confirmar sua proteção. Realmente, uma mensagem do WhatsApp é enviada ao e-mail cadastrado e nela há um link para que o usuário redefina sua verificação em duas etapas. No momento em que se clica neste link, a proteção é desabilitada, oferecendo uma oportunidade para que o criminoso acesse seu perfil. Como se proteger: mais uma vez nossa dica é se questionar se aquele contato é legítimo e em caso de dúvida, não forneça nenhuma informação.
O falso funcionário de banco
Aqui, o criminoso se passa por funcionário do banco pelo qual a vítima possui conta e oferece ajuda para concluir seu cadastro no Pix. Ele diz que, para concluir o registro, você deve realizar uma transferência para uma determinada chave, dizendo se tratar de um teste. Na verdade, você estaria enviando dinheiro para o criminoso. Conforme a FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), nenhuma instituição financeira solicita dados pessoais aos usuários ativos e que os funcionários das mesmas não entram em contato (por qualquer via) para realizar “testes com o Pix”. Como se proteger: deixamos o alerta para que você nunca informe seus dados pessoais via telefone ou mensagens, caso desconfie ou possua dúvidas acerca daquele procedimento, procure os canais oficiais da instituição para confirmar sua autenticidade.
Erro no Pix
Em mais um dos golpes do Pix, este se trata de vídeos e mensagens divulgadas em redes sociais afirmando que há um novo “erro no Pix”. Essa fake news (notícia falsa) diz que, aqueles que realizarem Pix para uma determinada chave, podem receber de volta algum prêmio em dinheiro, o que é totalmente mentira. Quem acredita nisso e acaba realizando a transferência, na verdade, está enviando dinheiro ao criminoso. Esse tipo de “dinheiro fácil” deve ser sempre visto com desconfiança, lembrando que o Pix é um sistema seguro, sem bugs e de proteção robusta. Como se proteger: faça uma pesquisa rápida no Google utilizando pelo menos três fontes ou entre em contato com pessoas de confiança a fim de confirmar a veracidade dessas informações.
QR Code falso ou alterado
Além das chaves já citadas, também é possível realizar pagamentos via QR Code: você aponta a câmera do seu smartphone para o código, que geralmente possui um valor fixo a ser transferido ou às vezes deixando em aberto para que o remetente insira quanto quer transferir. Neste momento de pandemia, muitos artistas estão fazendo lives e inserindo seus QR Codes para que os espectadores realizem doações em forma de apoio ao trabalho deles. Os criminosos, por outro lado, criam uma transmissão deles e substituem o código do artista pelos seus próprios códigos. Assim, quem não está assistindo pelo canal oficial do artista, pode acabar caindo em mais um dos golpes do Pix e realizando transferências indevidas. Como se proteger: nestes casos é sempre importante ficar atento aos perfis que você segue, lembrando de estar atento se aquela é uma conta oficial e não um perfil propagador de notícias falsas. Inclusive, confira tudo sobre fake news e como identificá-las. Em resumo, confira sempre se o contato pelo qual você realizará a transição por Pix é realmente quem diz ser e também proteja-se, para que criminosos não acessem seus perfis digitais.
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Se você ainda não conhece esse método, confira como usar e se cadastrar no Pix! Você pode conferir mais informações sobre o que é o Pix através do site do Branco Central do Brasil.