Se o serviço é um facilitador para o usuário individual, já para grandes companhias ele passa a ser tornar essencial. Pelo menos é o que indicam pesquisas da área, pois aproximadamente 93% das empresas têm uma estratégia de nuvem múltipla e 87% optam por um ambiente de nuvem híbrida. Isso quer dizer que as empresas podem diminuir os custos quando falamos sobre máquinas de grandes portes e funcionários para gerenciar o processo de armazenamento de arquivos em grande escala.
A nuvem está em todos os lugares
Se você usa e-mail ou assiste filmes em serviços em streaming, então, você já é cliente da computação em nuvem — mesmo que jamais tenha pensado sobre isso. Isso porque, a Netflix, por exemplo, não armazena seus milhares de títulos em seu PC, smart TV ou celular. Todo o catálogo está armazenado em nuvem para que você possa acessá-lo de qualquer lugar. Outros exemplos são os serviços do iCloud e Google Drive, que muitos usuários têm sem saber que trata-se de um serviço de nuvem.
Tipos de computação em nuvem
Agora que você já sabe o que é computação em nuvem, é importante entender como utilizar os recursos tecnológicos em prol da produtividade de seu uso pessoal ou empresarial, além de aproveitar ao máximo os tipos disponíveis da melhor forma. Há três modelos de arquitetura em nuvem: públicos, privados e híbridos.
Nuvem pública: ela conta com um provedor de nuvem terceirizado. Assim, a empresa contratante utiliza hardware e software — além do suporte técnico — de uma empresa especialista em tecnologia. Portanto, toda a infraestrutura é de propriedade do provedor de nuvem e também é gerenciada por ele;Nuvem privada: é de uso exclusivo de uma empresa. Ela pode estar estruturada de forma física em um data center ou disponibilizada em um provedor terceirizado. Esse tipo de nuvem é mais segura, pois a infraestrutura é hospedada dentro da companhia. Além disso, pode facilitar também o acesso dos colaboradores aos serviços e aplicativos;Nuvem híbrida: associa dados e aplicativos que se encontram em nuvens públicas e privadas. A grande vantagem desse modelo é a flexibilidade, já que uma empresa pode contar com um maior rol de soluções de implantação. Ela é recomendada para quem precisa armazenar dados confidenciais, mas também precisa de um serviço acessível.
IaaS, PaaS, sem servidor e SaaS
É comum vermos as siglas IaaS, PaaS e SaaS. No entanto, o assunto ainda gera dúvidas até mesmo para os profissionais de tecnologia e, principalmente, para pessoas que não estão acostumadas com o mundo da TI. Por isso vamos explicar essas siglas e o que elas significam dentro das categorias dos serviços ofertados em nuvem.
IaaS (infraestrutura como serviço): é modelo mais básico e consiste em alugar servidores e sistemas operacionais, incluindo armazenamento e provedor em nuvem de uma empresa de TI. O pagamento é realizado de acordo com o uso;PaaS (plataforma como serviço): bastante conhecida entre desenvolvedores. Isso porque, por meio desse serviço, é possível criar, testar e gerenciar aplicativos de software sem precisar de uma infraestrutura de armazenamento e banco de dados, por exemplo. Além disso, o ambiente de teste é personalizável;SaaS (software como serviço): no modelo SaaS, a contratação do serviço é feita por assinatura. Nesse cenário, uma empresa conta com um provedor, o suporte e a segurança dos dados oferecidos pela empresa. A implantação é facilitada, pois não exige instalação;Computação sem servidor: garante que toda a infraestrutura seja administrada pelo provedor. É controlada por eventos e os recursos só são usados quando uma função ou um evento inicia essa atividade.
Vantagens e desvantagens
Os benefícios da computação em nuvem são evidentes, afinal o usuário não precisa mais contar com um dispositivo potente para executar as funções ou armazenar grandes arquivos, pois isso fica tudo a cargo do servidor. No entanto, para tirar o máximo proveito dos serviços na nuvem esse usuário deve uma conexão estável de internet. Isso porque os servidores ficam em regiões distantes, fazendo com que uma internet de baixa velocidade prejudique a experiência do usuário. O que é, infelizmente, uma realidade para muitos usuários brasileiros. Além disso, muitas pessoas ainda se sentem desconfiadas ao utilizar a nuvem. Afinal, apesar dos arquivos serem criptografados, a partir do momento em que são armazenados na nuvem, seus dados podem sofrer — embora pouco provável — ataques de cibercriminosos e ter logins e senhas capturados.
Impacto ambiental
Se por um lado a computação em nuvem ajudou a diminuir a emissão de gases do efeito estufa com empresas que fazem uso da nuvem podem diminuir seu consumo de energia em até 95% por não utilizarem seus computadores a todo o tempo, por outro lado o aumento no uso dos centros de armazenamento de dados significa que estes acabam por consumir mais energia. É esperado que até 2030 esses centros representem 8% do consumo de energia mundial. Dados do ano de 2015 mostraram que o setor de informática era responsável por aproximadamente 2% de emissões globais de gases do efeito estufa. Caso nada seja feito, essa porcentagem pode aumentar consideravelmente nos próximos anos. Em resposta a esse problema as maiores empresas de computação em nuvem estão empenhadas em adotar estratégias para utilizar eletricidade 100% livre de carbono. Além disso, também há iniciativas como a computação em nuvem verde, que trata-se uma solução eficaz que, por meio de políticas e procedimentos, consegue melhorar a eficiência dos recursos de computação de forma a reduzir o consumo de energia e o impacto ambiental de sua utilização. Vale lembrar que tais iniciativas são mais que propostas de entusiastas ou ambientalistas. Em um mundo cada vez mais dependente da tecnologia, o alto consumo de energia é pauta de Comissão de Energia da Califórnia ( em inglês, California Energy Comission), que está banindo a venda de eletrônicos de alto consumo de energético em seis estados americanos.
Veja também:
Você descobriu nesse artigo que é cliente de serviços da nuvem mesmo sem saber? Caso queira se aprofundar no tema, veja os melhores serviços de backup na nuvem. Fontes: Greentech Media, Flexera e 3BL Media.