Alerta Vermelho conta a história de um policial do FBI, John Bradley (Johnson) que vai a Roma e com a ajuda da Interpol tenta impedir que o segundo maior ladrão de artes do mundo, Nolan Booth (Reynolds) leve do museu um dos conhecidos Ovos de Cleópatra. Alguns percalços e o Ovo é recuperado, mas então eles são enganados pelo Bispo (Gadot), que não apenas leva esse Ovo, mas também coloca em cheque a honra e honestidade de Bradley como policial. Alguns arranjos depois Bradley e Booth precisam trabalhar juntos para conseguir recuperar o Ovo e também limpar o nome de Bradley.
O diferencial de Alerta Vermelho dos clichês que conhecemos
Só pela premissa acima, já dá pra notar que não há um grande diferencial de muitas outras produções hollywoodianas do gênero. 11 Homens e um Segredo, La Casa de Papel, ou até mesmo a nova produção de Zack Snyder, Army of Thieves, e até mesmo a franquia de Missão Impossível. Todas elas seguem a mesma lógica, da missão perigosa, artifícios tecnológicos, perseguições de carro, fugas de prisões e salas de artefatos protegidos por engenhosidades de quebra-cabeça. Então a pergunta é: o que diferencia esse filme dos demais? A resposta é bem simples: o elenco. Assim como 11 Homens e um Segredo reuniu um elenco que era super querido por todos em seu tempo, Alerta Vermelho junta o trio mais queridinho de Hollywood nos dias atuais. Temos Gal Gadot que conquistou o mundo ao viver a Mulher Maravilha, temos Dwayne Johnson que tem personagens icônicos em seu currículo — e para mim um dos mais divertidos é em Jumanji — e claro, Ryan Reynolds que tem um longo histórico de personagens incríveis, mas que recentemente brilhou em Deadpool e Free Guy. Qual a melhor maneira de investir em um filme que tem uma fórmula batida? Escolhendo um elenco que chame atenção. E a Netflix acertou em cheio ao escolhê-los. Tudo bem que a comédia de Ryan seja exagerada a ponto de ser desconfortável? Sim, mas é quase que sua marca registrada em papéis cômicos. Dwayne Johnson mais uma vez faz o brucutu homem da lei, que não vê limites para realizar as mais absurdas perseguições. Talvez a exceção seja Gal Gadot. Aqui, ela tem a oportunidade de mostrar um lado cômico com aquele teor de anti-heroína, que surpreende nas cenas em que aparece, que utiliza de seu carisma ao máximo e seu magnetismo para ser o centro das atenções em todas as cenas que aparece. Mas já deve ser avisado que apesar de clichê, o filme é completamente despretensioso e acerta em colocar os atores em personagens que exaltam o melhor de seus interpretes. Então veremos cenas de lutas — escalaram atores que vivem super-herói, então é claro que tem pancadaria — tem fuga, tem planos mirabolantes, e reviravoltas muito divertidas — e confesso que pra mim, inesperadas. O filme não se leva a sério, e se foca mais na aventura de roubo mundial como uma âncora que sabe manter a atenção do público, aliado ao carisma do elenco principal, que fazem aquilo que já conhecemos. Mas o que realmente brilha neste é a espera pelo twist da história, igual à franquia 11 Homens: você espera que exista um esquema dentro do esquema, e dentro dele, outro esquema, e outro, e outro. A dúvida sobre esquemas dentre de esquemas é constante e quando ele não aparece, pode até desmotivar, mas ele vem e ainda consegue ser surpreendente. Alerta Vermelho é aquele filme que se diferencia por saber usar o melhor de seu elenco, e que surpreende por saber como usar a fórmula já tão esperada pelo público. Se prendendo do carisma que o publico tem pelo elenco, a Netflix acerta em sua produção e faz de seu filme uma grande mistura de influências algo divertido. Se você gostou de nossa resenha, não deixe de conferir também nossa análise de Ghostbuster: Mais Além, novo filme da Sony Pictures que estreia este mês nos cinemas.